segunda-feira, 5 de março de 2018

Insônia


Insônia é a dificuldade de iniciar ou manter o sono ou ainda a percepção de um sono não reparador, com prejuízo na atividade social e/ou profissional.
Geralmente a insônia decorre da interação de diversos fatores como predisposição genética, fatores físicos, biológicos, mentais, psicológicos e sociais.
Entre as mais comuns doenças ou distúrbios do sono, pode-se citar a Síndrome da Apnéia e Hipopnéia Obstrutiva do Sono, a Síndrome dos movimentos periódicos dos membros (antigamente denominada “Síndrome das Pernas Inquietas”) e as Parassonias.
Insônia também pode ser causada ou agravada por outras condições como Depressão, Transtorno da Ansiedade, Fibromialgia, Dor Crônica, Distúrbios Metabólicos Hormonais (por exemplo, doenças da tireóide), algumas medicações e substâncias (estimulantes, benzodiazepínicos, bebidas alcóolicas). Muitos pacientes com Insônia Idiopática (sem causa aparente) relatam dificuldade para dormir de início ainda na infância. Pacientes com doença de Parkinson em fase inicial podem ter distúrbios do sono, ou apresentar insônia quando a doença já está instalada. Pacientes com quadros demenciais geralmente têm dificuldade para dormir devido a agitação psicomotora que ocorre à noite, por exemplo.
Na maioria dos casos a insônia é do tipo psicofisiológica, na qual estão envolvidos fatores predisponentes como um nível aumentado de alerta e vigilância, mesmo durante a noite; fatores desencadeantes como mudança de trabalho, perda de ente querido, situações familiares e pessoais de conflito e fatores perpetuadores como a manutenção de hábitos inadequados em relação ao sono (horário irregular de ir deitar, ficar assisistindo TV ou usar computador e celular até tarde da noite).
Existe também a insônia paradoxal, que consiste em uma má percepção do estado de sono, ou seja, a pessoa queixa-se de dormir pouco, mas a polissonografia (exame que faz uma análise detalhada de uma noite de sono do paciente) não constata anormalidades.
A grande maioria dos casos de insônia pode ser caracterizada como insônia inicial que se caracteriza pelo aumento da latência do sono, ou seja, aumento do tempo que o indivíduo demora para iniciar o sono. Também é muito freqüente a insônia de manutenção onde ocorre o aumento dos despertares durante a noite.
A insônia terminal é um pouco menos comum e se caracteriza pelo despertar precoce, quando o indivíduo acorda muito antes do horário que desejaria, mas não consegue voltar a dormir. Alguns pacientes queixam-se na realidade da qualidade de seu sono, ou seja, mesmo dormindo uma quantidade de horas considerada satisfatória, estes indivíduos têm a sensação de que o sono não foi reparador.
A quantidade ideal de horas de sono é uma característica individual. A maioria das pessoas sente-se satisfeita após cerca de 7 a 8 horas de sono, porém o que define se a pessoa dormiu satisfatoriamente é o estado em que ela se encontra no dia seguinte. Geralmente os pacientes com insônia apresentam-se cansados, mal-humorados, sonolentos ou com sensação de "atordoamento". Muitos, mesmo sonolentos, não conseguem dormir durante o dia.
A insônia crônica pode resultar em distúrbios da memória e concentração, ansiedade, depressão, irritabilidade, sentimento de insatisfação constante, baixo rendimento profissional, prejuízo no convívio social e aumento do risco de acidentes com veículos automotores.
Nem todo o paciente com queixa de insônia precisará passar por um exame de polissonografia; são fundamentais a história clínica e o exame físico, procurando estabelecer a relação da insônia com outros achados para se chegar ao diagnóstico. A polissonografia é útil quando há a possibilidade de se tratar de um distúrbio específico do sono, pois fará um levantamento estatístico detalhado que vai guiar o tratamento.
Uma vez estabelecido o diagnóstico existem várias opções de tratamento, seja medicamentoso, seja através de terapias cognitivo-comportamentais, sendo indispensável o acompanhamento médico adequado. No tocante ao medicamentos atualmente dá-se preferência aos que não provocam dependência e que podem ser reduzidos ou retirados futuramente.

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